O que é Ativo e Passivo na Contabilidade?

Finanças
22 minutos de leitura 02.10.2023
O que é Ativo e Passivo na Contabilidade?
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Conheça as diferenças entre ativo e passivo na contabilidade e saiba qual a importância do passivo na empresa.

Quando se tratam de finanças, existem alguns termos que facilitam a conexão e comunicação dos profissionais da área, como ativo e passivo, balanço patrimonial, liquidez corrente, entre vários outros.

 

Compreender esses termos, portanto, auxilia na saúde financeira da instituição, uma vez que a empresa fica ciente das suas obrigações e conceitos que fazem parte da rotina de qualquer negócio.

 

Pensando na importância do assunto, elaboramos este artigo com os principais detalhes sobre o ativo e passivo na contabilidade e porquê o termo merece bastante atenção.

 

Sabendo da relevância dos termos, montamos um conteúdo especial abordando os seguintes tópicos:

 

  • O que é balanço patrimonial?
  • Por que analisar ativo e passivo na contabilidade?
  • Qual a diferença entre ativo e passivo?
  • Quais são os tipos de ativo?
  • Quais são os tipos de passivo?
  • Indicador ativos/passivos: o que é e qual a sua função?
  • Outro indicador importante: Liquidez Corrente

 

Em cada tópico, apontaremos todos os detalhes que você precisa saber sobre o tema. Aproveite a leitura!

 

 

O que é balanço patrimonial?

 

Antes de falarmos sobre o ativo e passivo na contabilidade, precisamos dar alguns passos para trás e entender melhor o conceito de Balanço Patrimonial.

 

De forma resumida, o termo, também conhecido como balanço contábil, é um completo relatório contábil que informa toda a situação financeira de uma empresa.

 

Podemos relacionar o balanço patrimonial a uma balança com dois pratos em cada extremidade. O importante é que mesmo com itens diferentes, ambos os pratos tenham o mesmo peso. De um lado da balança, fica localizado o ativo. Do outro lado, são registrados o passivo e o patrimônio líquido da instituição.

 

Ao longo deste artigo, será possível entender melhor o significado de cada um desses termos. De forma resumida, a equação básica do balanço patrimonial é:

 

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

 

O termo funciona como um panorama da saúde financeira da instituição em um determinado

momento.

 

→ Leia mais: O que é balanço patrimonial e como fazê-lo

 

 

Por que analisar ativo e passivo da contabilidade?

 

A verdade é que o ativo e passivo na contabilidade influenciam diretamente no patrimônio líquido do negócio e, por isso, é fundamental ter acesso e analisar cada um desses valores.

 

A partir desses dados, então, é possível elaborar um planejamento mais estratégico da empresa, visualizar a demonstração do período e pensar em projeções futuras.

 

Veja um exemplo: sabemos que, para que haja lucro, uma instituição deve possuir mais ativos do que passivos, e o equilíbrio entre essas contas é feito através do controle frequente.

 

Dessa forma, além de manter as contas da empresa com saldo positivo, um passivo baixo e um ativo alto são os pontos mais valorizados por potenciais investidores e sócios.

 

Um bom planejamento financeiro contribui para manter o negócio competitivo no mercado e permite que possíveis ajustes sejam feitos antes que haja prejuízo.

 

 

Qual a diferença entre ativo e passivo?

 

Agora que você já conhece os aspectos gerais, podemos nos aprofundar no tema deste artigo e, para isso, vamos começar com as principais diferenças entre ativo e passivo.

 

De forma resumida, passivo é a parte do balanço patrimonial que diz respeito ao conjunto de obrigações financeiras de uma empresa, incluindo dívidas, despesas e todas as obrigações financeiras e sociais.

 

Enquanto o passivo representa os gastos de um negócio, os ativos são recursos, bens e direitos de uma empresa que podem ser transformados em valores econômicos, de forma imediata ou a longo prazo.

 

Como citamos anteriormente, o patrimônio líquido de uma empresa é calculado pela diferença entre seu ativo e passivo. Assim, essa diferença indica a posição em relação a todas as atividades ou valores adquiridos pelos sócios.

 

 

Ilustração

 

 

Quais são os tipos de ativos?

 

Como você leu no tópico anterior, relacionamos os ativos com tudo o que pode ser transformado em valor econômico, podendo se apresentar de diferentes formas.

 

Dessa forma, saber os tipos de ativos de uma empresa é fundamental para uma boa administração. Eles são classificados de acordo com a sua conversibilidade em dinheiro:

 

  • Ativo circulante
  • Ativo não circulante

 

Acompanhe mais detalhes e diferenças entre os tipos nos tópicos a seguir!!

 

Ativos circulantes

 

Quando são convertidos de maneira rápida e a curto prazo — ou seja, em menos de um ano —, esses ativos são chamados de ativos circulantes.

 

São eles que oferecem suporte financeiro para a empresa pagar suas despesas regulares.

Entram nesse cálculo os valores disponíveis em contas bancárias, os estoques que podem ser vendidos, as aplicações que podem ser resgatadas, o saldo em caixa e as contas a receber, por exemplo.

 

Ativos não circulantes

 

Já os ativos não circulantes, por outro lado, são os recursos que podem ser transformados em valores após um período maior que um ano, ou seja, têm permanência de longo prazo (mais de 12 meses).

 

Dessa forma, dizemos que a liquidez desse grupo é menor, levando mais tempo para serem usados.

 

Dentre os ativos não circulantes de uma empresa, podemos citar bens imobiliários, duplicatas, veículos, máquinas e aplicações com resgate a longo prazo.

 

Também entram nessa lista ativos intangíveis que geram benefícios econômicos para o negócio, como patentes e direitos autorais.

 

No caso de dívidas, são esses ativos que entram na conta para o pagamento de credores. Por determinação judicial, podem ser utilizados investimentos, maquinário e a sede, se for própria.

 

O patrimônio passivo, como veremos adiante, também pode ser dividido entre circulantes e não circulantes.

 

 

Quais são os tipos de passivos?

 

Assim como os tipos de ativos, os passivos também se diferenciam entre circulantes e não circulantes, diferenciando-se pelo prazo de vencimento da obrigação.

 

Veja a seguir mais detalhes sobre as diferenças entre os termos!

 

Passivos circulantes

 

Aqui, representam-se as despesas a serem executadas dentro do ano de exercício, ou seja, em um ciclo operacional normal da instituição (no máximo 12 meses).

 

Dessa forma, os principais exemplos de passivos circulantes são:

 

  • Passivo circulante operacional: pagamento dos funcionários e das obrigações trabalhistas, como INSS, 13º salário, FGTS e outros encargos;
  • Passivo circulante financeiro: movimentações financeiras no geral, como pagamento de empréstimos e financiamentos;
  • Passivo circulante cíclico: como o próprio nome sugere, contas que se repetem regularmente, como pagamento de fornecedores ou impostos mensais, por exemplo.

 

Passivos não circulantes

 

Ao contrário dos passivos circulantes, os não circulantes dizem respeito às saídas de caixa que excedem o prazo do exercício social.

 

No balanço patrimonial, por exemplo, esse tipo de passivo é classificado em categoria separada dos passivos circulantes.

 

Alguns exemplos de obrigações em um período superior a um ano são:

 

  • Pagamento de empréstimos e financiamentos (que excedam o prazo);
  • Provisão para despesas contingentes;
  • Compras parcelas no período de pagamento superior a 12 meses, entre outros.

 

O ideal é que o passivo circulante seja pago com o ativo circulante da empresa, sinalizando que os valores que entram das vendas são suficientes para pagar as contas mensais.

 

 

Indicador passivos/ativos: o que é e qual a sua função?

 

De forma resumida, a aplicação dos indicadores é essencial para que os gestores de um negócio tomem as decisões corretas para o andamento e o sucesso da empresa.

 

O indicador passivos/ativos, por exemplo, funciona como um índice de alavancagem, equiparando a relação entre os ativos e os passivos de uma instituição.

 

Para fazer o cálculo desse indicador, a fórmula utilizada é:

 

Passivos/ativos = (Dívida de curto prazo + dívida de longo prazo ) / total de ativos

 

De forma simplificada, é através dele que o empreendedor ou até mesmo investidor entende mais sobre a realidade financeira do negócio.

 

Veja um exemplo: imagine uma empresa que possui R$500 mil de ativos tangíveis e intangíveis, possuindo uma dívida de curto prazo de R$200 mil e R$400 mil de longo prazo.

 

Dessa forma, aplicando a fórmula citada anteriormente, temos:

 

Passivos/ativos (200 + 400) / 500

P/A = 600 / 500

P/A = 1,2

 

Com o resultado das fórmulas, é possível tirar algumas conclusões:

 

  • Resultado < 1: a empresa possui um bom grau de liquidez.
  • Resultado = 1: os recursos são equivalentes ao valor dos pagamentos;
  • Resultado > 1: alto risco para o investidor, uma vez que a empresa está com todo o seu capital comprometido.

 

Do exemplo que citamos anteriormente, podemos concluir, então, que não há possibilidade de quitar os compromissos do negócio no momento.

 

 

Outro indicador importante: Liquidez Corrente

 

A Liquidez Corrente (LC) está diretamente relacionada com a capacidade que o negócio possui de pagar as suas dívidas a curto prazo, ou seja, passivos circulantes. De forma geral, é um dos indicadores financeiros mais importantes para um negócio e seus investidores.

 

Nesse sentido, interpretar esse recurso é fundamental para compreender a maioria dos pagamentos da empresa, administrando-a com segurança e eficiência.

 

A fórmula para calcular o índice de liquidez corrente é a seguinte:

 

Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

 

Além dela, é importante saber que outros tipos de liquidez também auxiliam na análise:

 

  • Liquidez Seca;
  • Liquidez Imediata;
  • Liquidez Geral.

 

Quer saber mais sobre o assunto? Você pode conferir todos os detalhes dos indicadores de Liquidez e os seus cálculos clicando aqui.

 

 

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Agora que você já sabe o que é ativo e passivo na contabilidade, ficou mais clara a importância de ter um software de gestão financeira como o do Contas Online, que reduz os prejuízos e otimiza os resultados.

 

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→ Leia também: Como a tecnologia está revolucionando a contabilidade?

 

 

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